O estatístico não tem piso salarial estipulado. A entidade que deve lutar pela melhoria das condições de trabalho, seja salarial, seja no plano de carreira, é o sindicato. No nosso caso, o Sindicato dos Estatísticos de Brasília (SINEST) e o Sindicato dos Estatísticos do Município do Rio de Janeiro (SINDEST). Não há nenhuma pesquisa formal realizada para analisar a remuneração praticada no Brasil para o estatístico (independentemente do nome do cargo ocupado). O CONRE-3 tem realizado pequenas pesquisas informais e tem publicado para que os estatísticos possam usar como base de negociação, ou para se ter uma idéia do que encontrar no mercado de trabalho hoje. Os valores seguem abaixo: ESTÁGIO R$ 850 a R$ 2.500 — dependendo da carga horária e cidade JR – início de carreira R$ 2.500 a R$ 3.500 — Rio de Janeiro R$ 3.000 a R$ 4.500 — São Paulo R$ 2.500 — nas demais cidades PL – cargos intermediários / gerência de projetos R$ 4.000 a R$ 8.000 — São Paulo, principalmente no segmento financeiro e indústria R$ 4.000 a R$ 7.000 — São Paulo nos demais segmentos ou fora de São Paulo SR – coordenação / diretoria / supervisão de áreas R$ 6.000 a R$ 30.000 — São Paulo, principalmente no segmento financeiro e indústria R$ 5.000 a R$ 14.000 — São Paulo nos demais segmentos ou fora de São Paulo R$ 5.000 + benefícios — órgãos do governo (principalmente federal) – as melhores posições no Governo Federal remuneram entre R$ 10.000 e R$ 15.000 PROFISSIONAIS LIBERAIS R$120/h a R$400/h de consultoria técnica em estatística. O valor a ser cobrado deve levar em conta: ● o tempo do projeto (se for longo, reconsiderar para viabilizar a realização do projeto; se for curto, pode cobrar mais) ● complexidade do projeto (quanto mais expertise demandar, maior o valor/hora) ● o caráter de urgência (inclusão de taxa de urgência) ● qualidade e formato do material a ser trabalhado/analisado (dados já digitalizados? consistidos? amostra já fechada?) ● logística do projeto (reuniões fora? acompanhamento/supervisão/coordenação de etapas?) ● possibilidade de haver continuidade (poderá equacionar para viabilizar novas medições/análises) ● precaver-se com um contrato que prevê retrabalho por erro/solicitação do cliente ● formato final de entrega do projeto (mídias, formatos de arquivos, apresentação, publicação, etc) ● taxas e tributos (municipais, estaduais, federais) Em Pesquisa Clínica, Centros de Bioequivalência ou outras áreas médicas, a consultoria estatística começa em torno de R$ 120-150/h, chegando a R$ 400-500/h dependendo da complexidade da pesquisa. Para dar aulas de Estatística, vale também pensar no trabalho que vai ter para preparar o material. Em geral, a hora-aula varia de R$ 75 a R$ 250.